22/01/2010
Instituto de Cardiologia
Instituição adquire equipamento que qualifica o tratamento de arritmias complexas
O Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul passa a oferecer um novo equipamento para tratamento de arritmias complexas, mais precisamente da fibrilação atrial. O aparelho atenderá os pacientes no Laboratório de Eletrofisiologia, sendo indicado para os casos de alta complexidade em que os pacientes não respondem bem ao tratamento clínico. O equipamento cauteriza com precisão milimétrica o foco da arritmia através de um procedimento pouco invasivo (ablação com radiofrequência), feito com introdução de cateteres até o interior das cavidades cardíacas, pela veia femural (região inguinal).
A fibrilação atrial se caracteriza pela batida rápida e irregular do coração durante a qual as duas câmaras superiores do coração (os átrios), tremem ou fibrilam em vez de bater normalmente. A incidência da anomalia aumenta com o avançar da idade, mas também pode acometer jovens e atletas. Doença das artérias coronárias, doença reumática do coração, pressão alta, diabetes e excesso de hormônios da tireóide (tireotoxicose), apnéia do sono entre outros são fatores de risco para fibrilação atrial.
Durante ritmo normal do coração, os impulsos elétricos que fazem os átrios se contraírem são provenientes de uma pequena área do átrio direito chamado de nó sinusal. Durante a fibrilação atrial, estes impulsos vêm de toda a superfície dos átrios, ativando 300 a 500 vezes por minuto as câmaras superiores do coração. Esse batimento rápido e irregular causado pela fibrilação atrial não pode bombear sangue de forma eficaz e como resultado, o sangue tende a se estagnar aumentando o risco da formação de coágulos, que podem causar embolias para o cérebro, pulmões e rins entre outros orgãos.